04 novembro, 2007

Cuide-se bem

Por Emília Mazzei

Como querer que as pessoas saibam o que você pensa, se acredita que é óbvio, sendo que suas ações demonstradas são interpretadas por mentes estranhas à sua e interpretações podem ser as mais variadas. Você pensa que todos imaginam qual seja a sua lógica na vida e que sua Verdade é compartilhada por todos? Primeiro que não sei se existe lógica, e sim lógicas. E tenho lá minhas dúvidas sobre a necessidade de ser compreendido.
Mas o que te faz feliz, o que completa e o que você acredita como sendo essência da vida e como você enxerga a estada no planeta Terra é uma construção individual, única. Os grupos, as tribos, as crenças se misturam e sintonizam-se entre pessoas. Há os que crêem numa Verdade Absoluta, há os que nem pensam sobre isso, os que não se interessam e os que ignoram. Há o radical crente na Sua Verdade e que se esforça em reunir adeptos a Ela. Mas há também aqueles que “pongam” na Verdade do outro. Acham interessante e copiam discursos, reproduzem ações, mas nunca deixaram que o seu observador interno percebesse as análises e as construções elaboradas intimamente. Todos somos resultado do processo individual, desde a pré-concepção até o pós-morte. Nesse processo somam-se as informações, as experiências. Essa é a Minha e compartilho com vocês. Não é novidade, mas paramos pouco para refletir sobre Ela, sobre o propósito. É muita conta pra pagar, violências internacionais, globais, desajustes profissionais, frustrações amorosas, novelas, acontecimentos incessantes e noticiados. Mas é importante, eu diria fundamental, parar e perceber, se dar conta, resgatar, sua essência, sua missão. Se inquiete. Responda a você mesmo de onde veio, pra onde vai, o que faz aqui, o que gostaria de fazer, como gostaria de ser, o que faz pra isso e qual a sua contribuição.Todos cumprimos um tempo vivos, somos uma máquina fantástica e complexa, e pensamos! Ou pelo menos temos esse potencial. E por que não pensarmos nisso? Não refletirmos sobre o estar aqui? Diante das atribuições e interferências externas, do cotidiano de cada um, fica difícil refletir, pensar sobre o que realmente viemos trazer de contribuição para nós mesmos e para esse planeta.
Olhe para os lados e veja se sente a impressão de que o mundo está desviado, as pessoas estão caminhando sem saber pra onde vão, muitas vezes se deixando levar, sem entender pra que lado querem ir, que caminhos pretendem e querem trilhar. Elas simplesmente trilham. E se boicotam, muitas vezes. Não são o melhor que podem ser, nem pensam sobre isso, em alguns casos. É certo que cada indivíduo tem histórias diferentes para resgatar, para viver, mas “cada ser em si possui o dom de ser capaz, de ser feliz”. Mas somos felizes? Buscamos essa felicidade? De que forma? Fazendo o melhor que podemos em todos os momentos? A resposta definitivamente é não. Não agimos da melhor forma conosco mesmos e muito menos com o outro. Vivemos a cada dia num mundo mais equivocado, cheio de males, de autodestruição. Caminhamos para a regeneração? Podemos, sim. Mas sabemos que dessa nova etapa poucos participarão. Então se atente ao olho interior. Faça a sua parte. Seja quem você descobrir que é, sentir que é. E reze, peça à Existência que eles também o façam. Quem sabe não precisará que saibam quem você é, simplesmente sejam todos uma coisa só?